terça-feira, 27 de março de 2012

Investigadores ‘põem’ 12º jogador em campo

Novo sistema de treino melhora corrida, salto e resistência dos futebolistas

FC Barcelona (Crédito: Christopher Johnson)
FC Barcelona (Crédito: Christopher Johnson)
Investigadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega chamam-lhe “Sr. Oxigénio” e é o “jogador extra” no campo graças a um novo sistema de treino criado para futebolistas de primeira divisão.

O estudo, publicado no International Journal of Sports Medicine, contou com o envolvimento da equipa médica do F.C. Barcelona e demonstrou que melhora a corrida, o salto e a resistência dos jogadores, informa a Fundação AlphaGalileo.
“Com o nosso novo sistema de treino, a condição física dos jogadores melhorada equivale a ter um membro extra no campo”, afirma o autor principal do estudo, Jan Helgerud.

O programa consiste em 10 minutos de aquecimento seguido de exercícios aeróbicos por intervalos. Depois há um intervalo de 15 minutos seguido de uma sessão de treino de esforço máximo.

Segundo o cientista, “este último exercício consiste na repetição de quatro séries de agachamentos (dobrar os joelhos a um ângulo de 90 graus) utilizando uma barra e pesos. Os jogadores têm um descanso de três minutos entre cada repetição”.

A sessão de treino com 21 futebolistas durou uma hora, duas vezes por semana de manhã, durante oito semanas durante a pré-época. Adicionalmente, o programa foi incluído durante uma semana normal da época com seis sessões de uma hora e meia, seguidas de uma parte com ênfase na técnica e táctica.

Gil Rodas, da equipa médica do F.C. Barcelona e co-autor do estudo considera que “um treino de alta intensidade e curta duração pode melhorar os sistemas energético, aeróbico e anaeróbico. Isto tem sido largamente provado mas não a um nível prático e, mais especificamente, não a futebolistas profissionais”.

Os resultados do estudo mostram que depois do programa de treino, os futebolistas aumentaram o consumo máximo de oxigénio em 8,6 por cento, foram capazes de saltar três centímetros mais alto e melhoraram 0,06 segundos no tempo de sprint.

O programa de treino físico está criado para durar um ano inteiro, não apenas a pré-época. “Gostaríamos de ver o programa aplicado a equipas em todo o mundo. Estamos convencidos de que o método científico é o caminho a tomar para nos guiar até ao futuro”, diz Helgerud.

Agora os autores têm de verificar se os benefícios físicos podem ser alcançados aplicando o método durante a temporada inteira. “Também começámos a estudar se diminui a hipóteses de lesão”, conclui Rodas.

domingo, 25 de março de 2012

Tal como os humanos, as abelhas têm personalidade !

Tal como os humanos, as abelhas têm personalidade, umas são mais ousadas e exploradoras, outras mais cautelosas e “caseiras”, revela um estudo publicado na revista Science.

Segundo a investigação, citada pela agência Efe, as abelhas, insectos sociais que vivem em comunidades muito organizadas, têm funções distintas na colónia a que pertencem: algumas ficam dentro da colmeia e cuidam das crias, outras saem e recolhem alimento.

As ditas exploradoras buscam novas fontes de comida, mas também outros sítios para fixar novas colmeias.
Cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, compararam o comportamento das abelhas “aventureiras” com o das que ficavam nas colmeias.

Para que a investigação fosse bem sucedida, instalaram um grande recinto exterior, protegendo as fontes de alimento, e observaram quais as abelhas que saíam e exploravam à procura de mais comida.

Os especialistas concluíram que as abelhas exploradoras que procuraram um sítio para fixar uma nova colmeia e levaram um grupo de abelhas da colónia antiga são as que procuravam comida.

Entre todas as abelhas que procuram alimentos, aproximadamente 25 por cento dedicam-se a procurar novas fontes de comida. Quando chegam às colmeias, comunicam a “novidade” às demais.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Fazer puzzles na infância desenvolve capacidades matemáticas

Imagem de um dos vídeos realizados durante o estudo Crianças entre os 2 e os 4 anos que brincam com puzzles desenvolvem melhor as competências espaciais. Esta é a conclusão de um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade de Chicago (EUA).

Analisando vídeos de pais a interagir com os seus filhos durante as actividades quotidianas caseiras, os investigadores perceberam que as crianças, entre os 26 e os 46 meses, que brincaram com puzzles tinham melhores aptidões de visualização espacial quando chegaram aos 54 meses. O estudo está publicado na «Developmental Science».

A psicóloga Susan Levine, especialista em desenvolvimento matemático nas crianças e autora principal do estudo, afirma que estas “têm um desempenho melhor das que não brincaram com puzzles, em tarefas que põe à prova a sua habilidade de transformar formas”.
A capacidade mental de transformar formas é um importante para prever futuras carreiras nas ‘STEM’ (Science, Technology, Engineering and Mathematics), ou seja, nas áreas das Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática.
O estudo é o primeiro que analisa os puzzles num cenário não forçado. Nesta investigação de longa duração foram analisados 53 pares de pais de diferentes meios sócio-económicos. A estes foi pedido que interagissem com os seus filhos de forma natural em sessões de 90 minutos que aconteciam de quatro em quatro meses e que foram registadas em vídeo.
Os pais com rendimentos mais elevados promoviam este tipo de jogo com mais frequência. Tanto os meninos como as meninas que brincaram com puzzles desenvolveram mais as habilidades espaciais.
No entanto, aos meninos eram dados puzzles mais complicados e os pais tendiam a interagir mais com os eles quando estes brincavam, abordando até conceitos de espaço, do que com as raparigas. Aos 54 meses, os meninos tinham melhor desempenho em tarefas de ‘transformação mental’ do que as meninas.
A psicóloga considera ser necessário realizar estudos que completem estes dados. “É necessário perceber se os conceitos fornecidos pelos pais se reflectem efectivamente no desenvolvimento das capacidades. Também queríamos perceber a diferença no que concerne à dificuldade dos puzzles e à interacção dos pais em relação ao sexo da criança.
Neste momento, os investigadores estão a conduzir um estudo em laboratório em que os pais têm de brincar com os mesmos puzzles com meninos e meninas. “Queremos perceber se os pais dão os mesmos ‘inputs’ a meninos e meninas quando os puzzles têm o mesmo grau de dificuldade”.
A diferença da interacção dos pais com as crianças em conformidade com o sexo pode estar relacionada com o estereótipo de que os rapazes têm mais aptidões de visualização espacial.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Encontrada em Nova Iorque espécie de rã desconhecida

A 'nova' rã encontrada em Staten Island ainda não tem nome Em Staten Island, um dos cinco distritos da cidade de Nova Iorque, um grupo de biólogos descobriu uma espécie de rã até agora desconhecida, mas que durante décadas foi confundida com uma variedade comum denominada rã-leopardo.
Brad Shaffer, professor da UCLA e um dos autores do artigo que revela este animal ao mundo, publicado na «Molecular Phylogenetics and Evolution», explica que mesmo sendo normal encontrar espécies ainda não descritas, não é muito vulgar fazer esse tipo de achados em cidades grandes.

A autora principal do estudo, bióloga evolutiva Cathy Newman, estava a terminar o seu mestrado na Universidade do Alabama, dedicado ao estudo das várias espécies de rã-leopardo do sul do Estados Unidos, quando contactou o Jeremy Feinberg (outro dos autores do estudo), na altura, doutorando da universidade de Rutgers, em Nova Jérsia, perto de Staten Island.
A investigadora pediu-lhe ajuda para a investigação que estava a levar a cabo e este, por sua vez, pediu-lhe ajuda no estudo de umas 'estranhas rãs' cujo coaxar era diferente das restantes rãs-leopardo.
Coexistem, naquela zona dos Estados Unidos, rãs-leopardo do sul e do norte e os investigadores estavam convencidos que aquelas eram híbridas. No entanto, logo se aperceberam de que se tratava de uma espécie não conhecida.
Usaram dados de DNA para comparar esta rã com outras variedades de rã-leopardo (Lithobates pipiens ou Rana pipiens) e determinaram que se trata de uma espécie nova, que ainda nem sequer tem nome.